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Mostrando postagens de julho, 2019

VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA Convivemos com as mais diversas formas de abusos. Muitos a simplificam e encaram sendo problemas que afetam minorias. E isto nos dá a desculpa para não prestar atenção “ei, eu não sou minoria”; certo?   E os resultados não impactam toda a sociedade. Um chip plantado em nossos cérebros quando ouvem a questão sendo abordada, imediatamente nos direcionam para o sentido contrário. Aí a confusão se estabelece. Ouvimos a palavra “raça”, deduzimos negro, latino, branco, etc. Ouvimos a palavra “orientação sexual”, pensamos gay, lésbica, trans, etc. Ouvimos a palavra” gênero”, deduzimos “mulheres”. E assim, o outro, ou seja, o grupo dominante, se esvai num despertencimento de não atenção. Ele – o grupo de maioria, não se sente desafiado por não ser examinado nas questões primárias, tornando estas questões de grande invisibilidade; muito por conta da forma conspiratória de como usamos a linguagem. Notem a estética no design dessa frase: João espancou Maria – a atenção fica em

CORPO eu possuo poder sobre ele?

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CORPO – eu possuo poder sobre ele? Descuidadamente, tendemos a pensar em nossos “eu” corpóreos como o único perfeito domínio do ser humano. "Meu corpo pertence a mim" uma declaração banal; embora filósofos como Koenig alerte sobre uma ingarantia frente às autoridades legais, morais e corporativas. Quando presenciamos uma pessoa em total (des)harmonia de cores e com grande parte de sua pele tomada por imagens, deduzimos que esta pessoa carrega um grande cartaz dizendo: "Meu corpo, meu território".   Mas quem é essa pessoa?   É um indivíduo lacrador? Um adolescente rebelde?   Não; e muitas vezes pode simplesmente ser aquele que toma pra si o controle do corpo e através de interrupções voluntárias grafa a idéia de que "meu corpo a mim pertence”. No entanto, não é inteiramente verdade: seu corpo – pode até ser chocante afirmar, mas é honesto dizer: não lhe pertence; pelo menos enquanto esteja vivo.     Qualquer pessoa tem pouca ou quase nenhuma permi

na Igreja, a mudança

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NA IGREJA, A MUDANÇA As religiões podem determinar o bom caminho ou criar dificuldades de escolha, elas podem construir ou escravizar, elas podem trazer-lhe a paz ou edificar guerras. Religião é mais que acreditar.   É domínio e poder.   E essa dominança afeta mesmo aqueles que dela não professam por subestimar sua influência.   Apesar da existência da presença feminina e do reconhecimento de sua posição em igualdade de saber e fé, elas se encontram ausente do poder decisório nas muitas denominações de crença em qualquer parte do mundo que se queira nomear. Diferentemente da vida secular, a igreja ocupa uma posição em que determinadas pautas são “esquecidas”. Vivemos, todos, sob um rol de regras, das quais algumas não se aplicam à religião, a qual acredita. Algumas determinam até a roupa de baixo que seus membros devem usar.   Algumas famílias preferem a morte de seus filhos do que a volta pra casa sem honra, por conta do pecado – não importando o meio em que se vive devid

Lição de Medo

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http://meuimaginal.podbean.com/# Considere fazer parte de um grupo que se encontra exposto às mais exigentes situações da natureza. Acrescente a isto estar a quase 2.000 km da paisagem mais próxima de terra conhecida. É isto mesmo, está – juntamente com outros, à deriva no mar.   O instinto de todos é de medo. E a cada um esse medo tem significâncias diferentes. Aqui, como criança, encaramos o nosso medo com fraqueza, mas que na verdade é algo que somente a pessoa vê; e que combate e que as vezes supera. E se o olhássemos de um novo ângulo? De uma nova maneira? Se o víssemos como um ato surpreendente da imaginação, algo que pode ser tão profundo e perspicaz quanto o de narrar histórias? A sua, por assim dizer. Quando criança, ficava aterrorizado com o silencio dentro de casa. Os passos que soavam na rua era como se estivessem a me procurar dentro de minha própria casa. Assustador. Crianças e sua vívida imaginação. Mas assim que crescemos deixamos estas visões pra trás. Des

Seiva do Mal

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http://meuimaginal.podbean.com/# Um situação desafia por séculos a humanidade e é preocupação de estudo por filósofos, dramaturgos e teólogos; qual seja: como tirar da cena do mal boas pessoas ou pessoas queridas. Todo humano é permeável de se bandear do lado do bem e - seduzido pelo mal, decidir cruzar a linha boa e rara e seguir pra sua ruína. É ilusório ver anjos na brancura de almas bondosas? E se irmos mais fundo nessa mesma alma? Repousaria ali, ou apareceria nesse fundo, diabos? O que isto nos mostra? Parece que o bem e o mal é parte inseparável da condição humana. Lembremos de Lúcifer e de sua relação primária com Deus. O anjo, até então, cruza a linha, e ganha uma insignificância e segue expulso na queda pra se tornar Satã e dar começo ao mal no mundo. Esta parte do “mundo” se torna o inferno. Constatamos um arco de transformação cósmica neste ato: de anjo a demônio. Neste contexto, pessoas comuns podem seguir o mesmo caminho. O mal, visto deste ângulo, seduz pel

Foco

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http://meuimaginal.podbean.com/# Tenho pressa – que ironia, de servir a pauta “foco, atenção, concentração” para pano de fundo pra arte. Este é o tema: aprender rapidamente a desacelerar. Nos tempos atuais vivemos preso num mundo que avança rápido. Um mundo viciado em velocidade contra o relógio. Parece que tudo leva muito tempo. E nós apertamos o pé cada vez mais para alcançar o tempo “a tempo”. Antes líamos; agora: aceleramos a leitura. E o que fazemos para melhorar? Ora; aceleramos mais. Antes discávamos ao telefone. Eu chegava a trazer o disco de volta, impaciente em aguardar ele voltar. Agora teclamos e às vezes, criamos “atalhos”. Até a caminhada é acelerada. Tudo tem que ser rápido. Não temos tempo para saudar o Sol. Estamos sendo prejudicados por essa pressa? A resposta é sim; mas a marinada a que estamos sujeitos não nos deixa perceber a sua destruição em quais aspectos que se queira valorar da vida cotidiana. Liguem o alerta. Correndo na vida, estamos deixando de

Ansiedade

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http://meuimaginal.podbean.com/# Minha ansiedade, caso a tenha, é normal? Ou já estou num nível de transtorno mental? Numa situação de grande stresse, tipo um cachorro avança em sua direção com os dentes cerrados. Você vai querer a começar a correr como um louco, provavelmente fruto de sua ansiosidade. Correto? Essa sensação de ansiedade que você sente é boa porque protege você, te salva e faz você agir; embora acredito que você não possa superar o animal na corrida. Num outro cenário, você está se preparando para ir a uma festa.   Embora encontre-se excitado e nervoso, seu estômago se manifesta junto com o aumento das batidas de seu coração. Algo a impede de estar feliz.   Acredita que tenha que se precaver para algo não dar errado; e começa a se questionar: com quem vou falar? Falar o que? E se ninguém se aproximar? Ou não quiserem falar comigo? E se me acharem deslocado ou esquisito? Aí sua mente dispara e se comporta como uma bola sendo jogada em várias e muitas direções a