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Mostrando postagens de setembro, 2019

Furacão Tori

FURACÃO TORI Poderia uma mulher - que sozinha enfrentou o vasto oceano num pequeno barco, nos ensinar algo ao enfrentar um furacão? Construído a mão - por Tori e suas amigas, o barco de 7 metros de comprimento, sem motor e sem vela - somente remo, deveria enfrentar o oceano atlântico norte. Antes, Tori, em seu espírito explorador, tinha sido a primeira mulher a esquiar no Polo Sul. Iniciada a expedição e remando contra a corrente e o vento, ao final de alguns dias, contabilizava minguados 5 metros de avanço.   Após duas semanas e 1600 quilômetros de percepção da vida marinha: peixes, golfinhos, baleias, tubarões e tartarugas, ela consegue vencer o silencio do rádio com um navio. Foi informada pelo rádio que sua trajetória de remada iria colidir com a formação de um furacão mais a frente. Sabido depois se chamar "danielle" - na pior temporada conhecida de furações no atlântico norte. Foram 12 dias de alucinante tempestade. Após 4.800 quilômetros e 90 dias no ma

Colisão de Mundo

COLISÃO de MUNDO 10 dias após a derrubada das torres gêmeas no atentado terrorista em setembro de 2001 nos EUA, um imigrante indiano é atacado a tiros em Dallas por um "vigilante" nativo. O indiano sobrevive com a perda de um olho - ocasionado pelo tiro na cabeça. Se não bastasse, a sua noiva o abandona, bem como o dono do minimercado onde trabalhava o despede. Expulso do imóvel, alia a questão de ser um novo desabrigado com a dívida médica de 6.000 dólares - incluso a taxa de ligação pra ambulância. What???? Ele perguntava a seu Deus como poderia retribuir a segunda chance que tivera: em manter a vida. Acreditava que esta nova vida deveria valer a pena. Os Estados Unidos do sonho se divide numa República de Medo. Naquele pedaço do território americanos, duas Américas colidiram brutalmente.   A família do indiano implorou pelo seu retorno; mas ele insistiu para ver e realizar o "sonho" americano. Encontrou trabalho de telemarketing e de garçom; a
UMA ÚNICA HISTÓRIA Fui um leitor precoce; hoje, escritor. Diferente de muitos, omito, quase que sempre, descrever identidades físicas e diálogos sobre o tempo e coisas adoráveis entre meus personagens. Por ter vivido muito exposto ao sol, nao falo muito sobre ele, o sol e suas edículas. E por ter "visitado" muitas árvores frutíferas alheias, não falo muito sobre frutas. Quando adulto, me frustrava pelo gosto da cerveja, até que descobri os sabores gourmet, aos quais degustei com prazer, e dos quais praticamente também me afastei. Tudo o que foi dito mostra o quanto somos impressionáveis, cambiantes e vulneráveis. Quando leitor, li muito sobre o outro; outro país, outro modo de vida, outra língua, outra visão de mundo ... e por aí segue. Livros africanos? Asiáticos? Leste-europeus? Difíceis de nomear pela dificuldade de encontrá-los. Não os li o suficiente. O que as pessoas nao percebem é que indivíduos de cor, dotados de cabelos distintos ou oriundos de pa