7# Realidades destroçadas
SUBTÍTULO
O homem
contemporâneo se vislumbra num grau de distanciamento e decomposição em relação
as suas realidades outrora vivenciadas e agora desorganizadas.
A realidade
não é um atributo estático. Essa faz parte de uma contínua perfeição na direção
de degradação ou de prazer.
Embora Deus
não a tenha como um desígnio único, está – a realidade, como a exploração de
elucidação que o Ser pode aplicar como sendo o melhor do seu mundo, ou dos mundos.
Na
perspectiva de uma exigência inteligível, a realidade envolve muitas
capacidades mentais diferentes que se realizam nas tomadas de decisões que
requerem: raciocínio abstrato, memória e percepção. Possa, o Ser, na condição
de cumprimento de pena restritiva de liberdade, esse, idealize, ser o
carcereiro: um conhecido severo, a cela - um quarto de monastério e os colegas
de presídio - pessoas de convivência no bairro.
Enfim, o Ser
convoca pra si um dos grandes poderes que regem este Reino: a vontade. Ele
materializa uma divisibilidade real, que em essência monta a unidade de uma
necessidade fatídica, criando no processo a sensação libertária, que o consegue
livrar-se da realidade imposta. E esta verdade criada permanece pelo tempo em
que ele não se mantenha isolado de seu si-mesmo: a deidade pessoal.
O Ser - como
centelha de um Soberano, pode jorrar de si palavras espirituosas, como também
abstrair-se de tudo o mais, exceto de dele-mesmo. Morte e Inferno; pode o Ser
alterar, mas ele – nem por um ínfimo segundo, não poderá esquecer-se dele e de sua
origem celestial.
No entanto,
no mundo moderno, o Ser, insiste dele-mesmo esquecer. Fundamenta-se numa
desocupação de afeto por parte do outro; numa ausência de amor indispensável
que o possa tornar digno.
Na verdade o
Ser se flagra desorganizado na estruturação de seu Eu-mesmo, e se abandona no
espelhamento do outro; exigindo assim: encontrar-se.
Engano. Ele
simplesmente se mutila e constrói um caos que o desumaniza, desmascarando uma
miséria e servidão mutilada por negação de Si.
O
senso de humor, o cultivo de perceber a complexidade do mundo e o mistério
contido na humanidade o irá – em sua semelhança, torna-lo um degustador da
compreensão da maravilha de que é fazer parte da natureza e deste mundo; e todos
os mundos que possa criar nas realidades imagináveis que advém. Se maravilhe.
Descubra-se que é, e seja: um vivo-vivo.
Comentários
Postar um comentário