Furacão Tori

FURACÃO TORI


Poderia uma mulher - que sozinha enfrentou o vasto oceano num pequeno barco, nos ensinar algo ao enfrentar um furacão?
Construído a mão - por Tori e suas amigas, o barco de 7 metros de comprimento, sem motor e sem vela - somente remo, deveria enfrentar o oceano atlântico norte. Antes, Tori, em seu espírito explorador, tinha sido a primeira mulher a esquiar no Polo Sul.
Iniciada a expedição e remando contra a corrente e o vento, ao final de alguns dias, contabilizava minguados 5 metros de avanço. 
Após duas semanas e 1600 quilômetros de percepção da vida marinha: peixes, golfinhos, baleias, tubarões e tartarugas, ela consegue vencer o silencio do rádio com um navio.
Foi informada pelo rádio que sua trajetória de remada iria colidir com a formação de um furacão mais a frente. Sabido depois se chamar "danielle" - na pior temporada conhecida de furações no atlântico norte. Foram 12 dias de alucinante tempestade.
Após 4.800 quilômetros e 90 dias no mar - dois terço do caminho percorrido, remar se tornou impossível pelo sacolejar de ondas de 21 metros de altura. Emboladas, elas remexiam o pequeno barco como numa batedeira. 
Após alguns quebra ossos provocados pelo infame furacão, o barco todo é destruído; Tori, jogada nas águas tormentosas, praticamente perde a noção dos inúmeros embates. Orando, lança um pedido de socorro.
Seu farol de pedido de SOS é visto por um navio cargueiro que passava próximo ao seu curso, a resgata. Pedaços do barco foram vistos à deriva próximo da França.
Voltando ao seu país, Tori estava exausta, desanimada e falida. Seus amigos a procuram, mas ela nao sabe o que - a eles, dizer. 
Tori insiste consigo mesma. Coloca os pés no chão, começa a se reconectar com a vida. E...sim...tenta de novo; reconstrói o mesmo barco e parte...e consegue. Tori com seu americam pearl vence a jornada em dezembro de 1999. E entra para a história.



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