Na boléia, o Brasil caminhoneiro!
Na boléia, o "herói"! “Adeus, lembranças, abacaxi, livro, pedra, borracha, e o que vier para onde o meu bom Deus me levar” assim é ser caminhoneiro. “Mazelas, mínguas, abundancia, barrancos, buracos, asfalto, cidades, vilarejos, cachorro, mendigos, padres” miragens que aparecem e viram fumaça em suas mentes. Trilhando rotas, assediando sonhos em condições de labor que revelam hostilidades, enfrentamento, restrição, contenção. Cada novo dia e a cada respirar uma guerra contra ditames burocráticos e incertezas de estar ainda vivo ao anoitecer deste mesmo dia. Períodos de doída solidão, ausência de amados, limites nas práticas de convivência. Um ser humano fragmentado em muitas semelhanças e divergências onde uma dinamicidade e distanciamento de aproximações, identifica o caminhoneiro que interpreta a si numa realidade muito própria e singular. O passado caminha a cavalheiro do presente em laços de personalidades muito distintas. A sociedade pouco desvela deste ser a...