UMA CAMA PARA DOIS2
Parte o coração desdizer o que dito foi no
começo. Aqui nos separamos como rouxinóis cantando. É algo que sei que não podemos
fazer, nos separar sem coação, sem sexo; dormir sozinho nesta tardinha que
chega e se esconder da luz da manhã. Você se apega ao poder sem noção,
desacelerando a democracia numa atitude abusiva sem retorno. Reconheço o som
das ruas que de nada deveria me ensurdecer.
O direito entenderá os dois grandes vultos
menores que a noite se resumem onde nós mesmo estamos colocando a grande
verdade sob o manto preto de mentiras ainda piores. Colocando de outra maneira:
viramos a cabeça para um lugar-seguro-a-dois que reserve a memória para debaixo
do tapete e torne inválida o que um-de-dois poderia não deixar de ser.
Sei que será difícil entender, mas é que eu
não escrevi isto pra você mas para outros dois2 que a cama da mentira e da
corrupção podem vir a se ocupar.
Nos falamos mais a noite.
InMemoriam à
mordaça de Cruzoé e Oantagonista.
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