9# Impotencia do pensamento racional
Há um mundo
imaginal, há uma alma do mundo que contrasta em profundidade com a
superficialidade da tecnologia e da ciência. Esses carregam em si uma
impotência, pois se baseiam puramente no pensamento racional.
Imaginal é a
evocação de uma inteligência presente no mundo. Reflexionada na lembrança que
se localiza na imagem fugidia que repousa no sentimento preciso de um amor
divino. Imaginal não é fazer reaparecer um imaginário. É determinar no
presente, a capacidade de criar realidades nos mundos.
Esse mundo
imaginal preserva a semelhança do Ser no campo celestial – está relacionado com
uma alma que contém todas as demais; mas que não se confunde. Não há confusão.
Há beleza. Complexidades inteligíveis outorgadas por um Pai Soberano. Legítimo.
A identidade
da Alma do Ser se reconhece nesta Alma do Mundo. Intui na memória sua origem. E
não se perde. Associa valores sem traumas numa leitura de um sítio de imensa
paz.
Esta mesma Alma tende a se recolher ao ser
enfrentada e obscurecida por objetos e coisas que carregam a massificação do
saber cientificado que a ocupa e distrai. Assume no Ser uma razão de papel
preponderante que se dissemina e conecta na imagem uma partida de existência morta.
Um ponto final que antecipa a terrosidade humana e nela, enterra a Alma do Ser.
Por ser
impotente junto a Deus, a ciência vive somente no Ser. Não em todo ele, mas em
sua parte terrestre. Subjuga-a. Exige dela uma obediência. Ocupa-a de afeto nas
relações de ganho com ausência de amor. Insere o materialismo como nível julgador,
apto para mensurar a dignidade do Ser; que se alia ao conhecimento desta mesma tecnologia
racional como fator determinante na construção da dignidade da pessoa humana.
Esta
matematização disseminada no Ser consegue produzir memoráveis façanhas. Algumas
abomináveis; pois vêm embasadas de egoísmo e desejo individual de ganho, além
de facilidades propagadas numa busca incessante pelo aperfeiçoamento sob cuja
finalidade se dilui imediatamente a frente, re-exigindo que essa pessoa saia de
novo à procura de diferentes módulos racionalizantes numa corrida esquecida
pelo saber liquido.
Extremamente
penoso a este Ser, fazer descoberta e defender-se deste inatingível
conhecimento exterior, pois – a medida que ele busca, ele se infantiliza a
si-mesmo, dificultando uma descoberta da consciência de sua Alma e do lugar em
que ela imaginalmente pertence junto à Alma do mundo.
Tem,
o Ser, compreender estar em constante busca de si-mesmo. Deve, incansavelmente,
acreditar que em todos os momentos de sua vida biológica, dever examinar e
escrutinar as bases que irão formar as condições de toda a sua existência. Sua
resposta ganha pela Eternidade frente ao racional da ciência.
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