Se este incendio fosse meu


DE MEU INCENDIO NÃO VEJO UM PAÍS

O aparelhamento político das coisas públicas promovem não somente a exclusão destes bens e direitos ao povo, como também tornam-se alvo fácil de ataques aos seus combalidos recursos. A cultura neste fim de semana, através do incêndio da antiga moradia da família de um rei e dois imperadores e todo o seu importante acervo para a memória de um país, se foi.
Assistimos, pacificamente, um discurso apoiado numa retorica de valor representado por vozes que na prática resultam - no tempo presente, em realidades nada confiáveis.
O museu da quinta da boa vista - dentre outros setores, são ilhas particulares de organizações políticas que cultivam para seus quadros e que a nada preservam. Este incêndio tem o forte viés simbólico de divulgar esta segregação desumanizada da identidade brasileira.
Olhando os destroços deste importante centro de pesquisa, faz-nos transportar - na mesma medida, a quantas andam o isolamento destas políticas de solidão. Parece não e ter uma saída sendo difícil até de criar estratégias de sobrevivência - para onde quer que se olhe. Os cargos públicos estão lotados de afetos destes mandatários que parecem se alargar e cortar todos os caminhos da pessoa de bem.
O cidadão, na condição de mera testemunha, assume a autoria de sua própria extinção política, justificada pela maneira como conduz sua vida de forma mecânica e simples, sem pesar as consequências do aparelhamento político que insistem em praticar os partidos, aos quais os eleitos se agremiam. O povo - por não se ver integrado no contexto das decisões do país, estupefato, assiste penosamente decair os serviços públicos dentro de uma dinâmica própria de profunda incompetência. São agentes políticos e agentes públicos protagonistas ativos deste diálogo de corruptiva tragédia continuada.
Precisamos, na quietude da cabine eleitoral, acrescentar algo mais em nossa escolha que aborde ir mais além das folclorices da perspectiva que adotemos nesta escolha, e iniciar com mais objetividade o espaço que queremos ocupar para fabricarmos nossas imagens culturais que não possam ser dizimadas por estes e outros novos incêndios.

Por @meuImaginal

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